quarta-feira, 25 de abril de 2012

Canção do poeta livre

A minha pena que grita
O meu desabafo de ventura
A minha voz mais aflita
Quando me falta a ternura
Meus poemas que escrevo
Para ti minha vontade
São como as folhas do trevo
A dançar em liberdade.

Meu suspiro e meu suporte
Meu sentido e minha voz
São como a minha sorte
De cantar para todos vós
Meu raiar da tua aurora
Minha manhã serena e calma
Já canta comigo agora
O refrão que vem da alma.

Meu amor minha aventura
Minha vida de tristeza
Minha ânsia branca e pura
Nos braços da natureza
Vai dançando com saudade
De cravo encarnado na mão
Para não morrer a liberdade
E a poesia também não.


Maria Gomes

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