segunda-feira, 23 de maio de 2011

Silêncios que ensurdecem


No avesso de mim
Existe um ente desesperado
Um ser esfaimado de vida
Sedento de novas sensações
A morder-me o pensamento

Escuto-lhe os passos
A galgarem as paredes
Da insatisfação
Do meu inconsciente

A mortificarem-me a vontade
De arriscar
Em nome de uma razão
Que não se compreende...

Sinto-lhe o respirar
O ofegar quente
Este martelar constante
Que me arrepia
Que me estrafega
Os ouvidos
Que me ensurdece...
Que me enlouquece...

E o pior
É que não tenho como calar
Este malvado silêncio!

2 comentários:

Anónimo disse...

Gostei da musica e muito mais do poema.

Catia Bosso disse...

Uau! Quanto desejo e paixão!
Lindo poema!

bj

catia