terça-feira, 3 de maio de 2011

Desespero

(Esculturas; Ricardo Kersting)




Desespero numa espera
que não me é grata
por não saber onde encontrar-me;
se no meu início
se no meu fim
se na grandeza que me faz estar em todos os lugares
se na esperança de me ver nas nascentes das estrelas
se nas tuas mãos, quando me tocas os pontos altos do meu corpo

E eu não Te encontro também

2 comentários:

Ronilda David disse...

Sabe Dolores, a cada passo desse meu caminhar
a dor vai me ensinando:
Que é com doçura que se guarda o tempo...
e o tempo que aqui dentro de mim vai sendo
Depositado tal qual um caleidoscópio
guardando grãos quietos,
vai ficando a sabedoria e a mansidão
para aceitar com gratidão esse passar
por sob a terra, que ao humano
é tão longo e curto e ao
universo apenas um segundo imortal.
Tuas letras confessam sofrimento,
sofrimento tão fino tal qual a corda
dum violino ferido
E por mais que eu não consiga compreender,
sempre fico comovida com tamanha beleza
e as vezes pergunto-me em devaneio
ao nada que levita sobre o tudo em mim...
Porque ela, a dor vestes roupas tão lindas assim?

Um abraço querida Poetisa meu que
aprende pouco a pouco a seguir-te

Ronilda David

casos e acasos da vida disse...

Desespero num desencontro...
Beijos,
Marisa