terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Realidades Alternativas

O universo das palavras
Mostra-se desordenado
E paralelamente
Um canto perdido

Versos delinquentes
Vozes corrompidas
Soltam uivos aos ventos
Morte encenada
Numa longa estrada

Canção iletrada
Ecos de nada
Musica cismada
Engendrada
Nos corredores da alma

E as estrelas
Baixam os segredos
Declinam o sol
À inconstância do que reluz

Às cegas
Correm desvairadas
Em carreiros incendiados
Entre o alegórico
E o mútuo reconhecimento da dor

As luzes brilham só por um dia…
Visão singular enquanto dorme
A alma esvai-se
Procura-se num compasso
Ritmado…a dois!

Plantados na mudez solarenga
De um poema
Soltam-se dos beirais dos telhados
Respingues da chuva

E a fluidez dos versos cantados
Abrem-se às gotas de orvalho
Vislumbram-se novos trilhos
Arrastam-se nus
Nas pedras da velha calçada

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