Há um barco à deriva
nas palavras e gestos
amarrotados no mar onde
escondo os pensamentos
para não serem iluminados
por mais ninguém
mesmo que tragam flores
na mão e paz nos bolsos
para ensopar de sangue
as guerras sem limites
se os homens sem olhos
não sabem ver o chão.
Que pisam.
Descontentes mas vibrantes
de segredos mal escondidos
escritos e esquecidos.
O lirio branco, um gostar
sem fim de jardins proibidos
infinitos de sal nos olhos
e sussurros de vida
transparentes, palpitantes
caíndo a direito sobre
o peito à maré vazia
onde pés molhados prometem
pisar a areia se a onda
morrer no horizonte.
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