Não basta passar o Tejo
É preciso avistar um sobreiro
A primeira cal contrastando o ocre
Para que me sinta em casa
A terra, o trigo, a cortiça
Atravessam meus tantos poros
Irrigando meu sentir
No poial polido
Trocam-se histórias de infância
Sorrisos sinceros
E silêncios celestiais
Olha uma estrela cadente
Diz o pequeno
A vida sulca a tua tez escura
Desgasta o negro feltro em teu chapéu
Mas minh’alma em ti perdura
Meu simples mas pleno Alentejo
1 comentário:
Um belo poema, como aliás já me habituaste.
Tu escreves o Alentejo, eu a minha aldeia na Beira Alta. Somos uns eternos saudosos do interior.
Grata por teres aceite o meu convite
bjs
Dolores Marques
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