Lembras-te como éramos pássaros
Irrequietos e sedentos
Saltitando de momento a momento
Alegremente…
Debicando sensações
Pelos nossos caminhos
E sempre esfomeados
Procurando sempre ir mais longe
Em rumos encantados?
Lembras-te como as nossas asas se uniam
E voávamos em uníssono
Conquistando novos terrenos
Perdendo a noção do tempo
E entrando pela noite escura
A embalar num mesmo tom a fantasia
Até o sono nos haurir e declinar
E dormirmos em perfeita harmonia?
Hoje os nossos voos
São arrevesados...
Não são a linha intangível...
São como cordas
enroladas...com nós...
Difíceis de desembaraçar...
Vais, partindo de desassossego
Vens depois com promessas
Mas basta uma nota desafinada
Para te distanciares
E o tudo delineado fica em nada!
Assim caminhamos pelo avesso
Sem conseguir vivermos desligados
Com uma anilha não visível
Mas sem cadência, desafinados…
Junho - 2011
2 comentários:
Os bons tempos virão de novo...
Afine as cordas e deixe a melodia soar sem desapontamentos. Um abraço, Yayá.
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