quarta-feira, 8 de junho de 2011

GAIVOTAS



Passam as gaivotas, voam rente à água

Batem asas... ouço seus gritos de carências

São gritos rudes, inquietantes de mágoa

Olhos esgazeados clamando sobrevivência

.

Olho e acompanho as suas deambulações

Em cada uma me vejo buscando alimento

E vou voando nas minhas divagações

Olhando o azul para além do firmamento

.

Gaivotas têm asas leves muito limitadas

Impedidas de voos de longa travessia

Suas zonas de acção estão demarcadas

Condenadas a um espaço de monotonia

.

Queria grandes asas, velozes e fortes

Que me levassem a todos os mundos

Que me levassem a todas as sortes

Aos lugares mais intensos e profundos!


Junho - 2011

2 comentários:

mfc disse...

Gosto daquele planar sereno e elegante!

Artes e escritas disse...

A poesia te dá asas para que tu chegues onde quiseres. Um abraço, Yayá.