domingo, 19 de junho de 2011

Lembras-te amor?

Lembras-te amor
quando dançaram borboletas
nos nossos peitos nús
carícias esvoaçantes
em mãos sedentas de ter

Lembras-te
quando a nossa voz
aprisionou-se na boca agitada
e o corpo estremecia
em gemidos descontínuos
libertos no leito feito de querer

Lembras-te
quando o tempo
deslizava rapidamente
ao encontro da tarde
enlouquecendo nos nossos braços
ávido de ficar em nós parado
esquecido do entardecer

Lembras-te
quando os nossos corpos
segredavam-se numa redoma invisível
bafejando o ardor frenético da paixão
no desassossego louco de ser doação

Lembras-te? foi ontem amor

3 comentários:

Gisa disse...

Lindo poema de saudades...
Um grande bj

mfc disse...

E será sempre que o amor bata de novo à porta...

Artes e escritas disse...

Uma bela nostalgia, parabéns. Um abraço, Yayá.