sábado, 28 de agosto de 2010

Perco-me

(foto: minha autoria; barragem do Carrapatelo)


Eu perco-me,
Não me querendo perder.
Eu fujo-me,
Não me querendo fugir.
Vou atrás de mim
Repouso no meu jardim.

Vejo-me…
Em flores… em odores
Imensidade de amores…

Sinto-me…
Em magia de eliminar
A palavra voltar.

Respiro o mais puro ar…

Negação da eliminação
Realidade à vista.
Crueldade…

Vejo o erro que cometi,
Nada de eliminações.
Conjugo o verbo desprezado
Volta o sentimento abençoado.


Não digo não a nada
Apenas sigo o caminho do sim.


**

Perco-me,
Querendo me perder.
Acho-me,
A cada instante
Que me perco.

A cada instante
É aliciante

Eu perco-me
Esvazio-me.
Eu encontro-me
Arrepio-me.

Será a perdição a verdade?
Ou será a realidade?

Quando perdida
Estou no meu mundo.
Estou de saída,
Da realidade
Desconheço esta sociedade.

Perco-me
Querendo (não) me perder.


Clarisse Silva

2 comentários:

Mª Dolores Marques disse...

Uma bela foto, um bom poema como inicio da tua participação neste espaço

Gosto de te saber também por aqui

Beijo

Clarisse Silva disse...

Olá Dolores,

É um prazer estar aqui... Obrigada!

Beijinhos,
Clarisse