quarta-feira, 15 de abril de 2009

Ouve-me!


Sou um sonho errante
Que se deita no teu corpo
Sem vida…
Já não te sinto
O peito ofegante

Este é outro ar qu’inspiro
Sempre que me sinto perdida
Encosto-me ao teu sopro
Que me beija sempre
À despedida

Casuais encontros
Expostos ao mundo
Só eu e tu…
E os efeitos lunares
Na terra que se quer viva

São as causas nas encruzilhadas
E certezas re-lembradas
Na palidez triste...
A marca da aliança
Que morreu de pé

Ouve-me!
Já nasceram os rios
Que em ti naufragaram
Lembro-me ainda dos temporais
Que irrigavam os teus olhos
Galgaram as margens ressequidas
Tornados afogueados
À roda de mim
E dos mares esquecidos

E eu parti à descoberta
De outros sóis
E umas quantas marés
Me levaram…

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