sábado, 25 de abril de 2009

CRUZAMENTOS...



Cruzamo-nos em linhas paralelas...
Que iluminamos à luz de nossas velas...
Vidas encaixadas em perfeita harmonia...
Equilíbrios entre paz, amor, dor e agonia...
Desiquilíbrios entre a minha guerra, meu ódio, tua cor e alegria...
Semblantes austeros...
Sorrisos sinceros...
Amores, desencontros, folias...
Coincidências premeditadas, alternativas falhadas...sintonias...
Quem devo seguir nesta multidão desenfreada???...
Não confio em mim próprio, sozinho...
Uma alma que nada vale, sem caminho...
Uma eterna poesia relatada à sorte num papel vazio...
Palavras lançadas de modo inconsciente e frio...
que qualquer um usava...
Amontoados de livros bolorentos que apenas falam de amor...
Uma eterna loucura colmatada...
Por meu irracional desvairio...
Um estranho calor...
Um fogo interior...
Que com seu fumo...
Me polui os sentidos com intenso frio...
Que ousas a este meu livro acrescentar???...
Sabes porventura que palavras libertar???...
Sabes porventura quem és,
quando vês teu reflexo em meu olhar???...
Sabes porventura quem sou,
se apenas vês meu reflexo num qualquer espelho virtual...
Será que de olhos fechados...Para mim cantas???...
E da tua música, em seus ecos me vês...
És uma deusa, que se esqueceu da altivez...
És o meu ser, que perdi antes de nascer...
És o meu querer, que senti antes de morrer...
És o meu sentir, que não perdi...
Não te cheguei a encontrar...
...um sonho que desisti...
Perto de amar...
Um abraço que eregi...
Para te alcançar...
Sê mais forte que eu...
Apenas...
a penumbra dum anjo perdido...
Sê mais crente que eu...
Apenas...
não aceites o traçado destino...
Viola minha alma, mesmo sem meu corpo tocar...
Voa para longe com meu ser...
Mesmo sem eu me ausentar...
Fica comigo num utópico sempre...
Mesmo na cumplicidade de cada momento ausente...
Fica comigo calada...
Levanta a poeira de minha enlameada estrada...
Mesmo sem escreveres...
Mesmo sem falares...
Mesmo em momentos que me ignoras...
Mesmo em momentos de fadiga irreverente...
Mesmo em momentos que minhas asas levante...
Faz de mim teu credo...
Tua fé em tua glória...
Invade-me os sentidos...
Conquista meus castelos antigos...
Traça, desenha, inventa, um rumo para minha velha história...

Darkrainbow

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