Escrevo… não sei porquê
Pergunta que me consome
Entre muros da ausência das respostas
Vagueio sem caminho
Sem principio
Nem fim
Apenas parto… e vou
Vou sem destino,
Nas palavras me liberto.
Liberto-me nos sonhos das ondas
Flutuando na inspiração
Letras que alimentam o meu corpo
Na escrita que flui…
Flui além do meu ser.
Nesta liberdade feita de prisão
Surge a dúvida…
Preso estou, sem grilhões…
Sem paredes… nem correntes
Apenas escravizado aos poemas
Nas asas que ergo quando escrevo…
Abraçando assim o céu…
O mundo… o universo…
Onde me transformo,
Entre personagens e ficção
Na realidade que comungo.
Escrevo…não sei porquê
Maldita pergunta que me consome
Na razão da loucura infame que me embriaga
Entre sentimentos…
Nas memórias…
Guardadas em cofres no silêncio de um livro
Em quadros pintados pela voz
Nas sinfonias…
Alquimias da minha alma.
Vivo para a escrita…
Na aliança perpetua… amante imortal
Na certeza porém…
Encontrei a resposta
Escrevo e sou feliz.
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