quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Quando nas quimeras perdi meus olhos

São farpas, que cravas fundo no meu peito
E do amor quente que escorre te sacias
Enquanto morro aos poucos neste leito
Extasiado, em delírio nas nossas fantasias.

Um toque na face.
O desejo.
A despedida perfeita.
Um olhar.
A selar a dor
Um beijo.

Depois do sonho, a eternidade foi o fim.
Depois da existência, o brilho do adeus
E a beleza de duas lágrimas de marfim.

Pranto que se perde no silêncio
Dos passos que te afastam de mim.

Quando nas quimeras perdi meus olhos
O teu cheiro em várias camas procurei
Mas na memória, não te encontrei.

Assim, o tempo contornou os dias
Em noites de fados intermináveis
Escuros, tristes
E tão fáceis
Que me perdi na melodia das guitarras
Friamente só
Eternamente só.

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