quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Vazio de vida

Avançam as horas,
O espelho escurece quando me vejo
Como um retrato antigo,
Que contorna o tempo.
Sinto-me despido,
Apenas as lágrimas implacáveis,
Percorrem a monotonia do meu olhar…
Apenas isso…
Emerge dos anos que abençoam a minha carne.
Não encontro o meu próprio rosto,
Neste caminhar cego que interroga a alma,
O que sou? Nada!!!
Nem a minha voz, oiço
Esbarrando em ecos
Neste soberbo vazio que me engole.
O vácuo das coisas imperam nos dias,
Tropeço na presença do silêncio
E descubro, que tudo acontece
Quando partes…
Morrendo em mim,
Toda a minha existência.

Sem comentários: