segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

MORREM-ME POEMAS NA BOCA DO ALÉM


Quando um verso me quer desafiar o sono
Pés sorrateiros vêem a janela sem ninguém
Num sopro solta-se o peito ao abandono
Morrem-me poemas na boca do além

Os olhos contornam barcos em declive
As mãos vestem-se numa guerra de fendas
Em sufoco quase o corpo não sobrevive
A alma sedenta destina-se às emendas

Morrem-me poemas na boca do além
O aço que cobre o corpo é o único refém
Cortaram as raízes dum verso mudo
Deram-me um bilhete sem qualquer morada
Aquilo que um dia se resumiu a tudo
Hoje resume-se à palavra NADA!

10.02.12

5 comentários:

Liliana Jardim disse...

Benvinda Jessica

beijinhos

Haere Mai® disse...

Grande e belo poema! Parabéns Jessica! Só quero acrescentar que Nada pode ser Tudo e tudo pode ser nada!

Beijo azul

Jessica Neves disse...

Querida Liliana Jardim

Grata pelo convite

É um prazer enorme poder partilhar a minha escrita neste espaço (belo)

Querida Haere Mair
Grata pelo carinho das palavras

Beijinhos *

Teresa Teixeira disse...

Jessica, ter-te entre nós é um orgulho justificado. Beijinho!

Jessica Neves disse...

Querida Teresa,

Estar entre/com vocês é um orgulho para mim e um prazer enorme

OBRIGADA!
E uma vez mais PARABÉNS *

Beijinhos *