terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

ESCULPIR NO VENTO


Há uma linha, mesmo que subtil e inconsciente
Que nos une, testemunho de relação
Tantas vezes tensa, por vezes inquisitiva
Mas reveladora,
Uma resistência aos tempos agrestes,
Do grito mecânico
Baço, angustiante, repetido
Onde a voz quase foi silenciada
Numa sobrevivência triste
E sempre omitida!
Modelando, busco a essência
Aprofundo pormenores
Para encontrar veios novos
Emoções e sentimentos
Que tenteiam o espiritual na carne
Sem desalentos!
Polifonia de tons
Tocando os pólos da diversidade
Da leveza, beleza, profundidade
Em excelsos sons!
Tocando os limites
Fragmentando o labirinto
Da corola bem urdida
Vendaval interno
Brisa forte que levanta os véus
Da súmula essencial da vida
Feliz conjugação do corpo e da alma
Concentração exacta e íntima
Na gravidade da forja
Na leveza aquosa da vindima!

Jan.2012

2 comentários:

casos e acasos da vida disse...

Liliana, não sei o que está a acontecer, mas já outro dia quis postar este poema e ficou assim! Tentei hoje voltar a postar e aconteceu novamente, deixo ficar à sua consideração, para que eventualmente me possa dizer o que se passa!
Beijos,
Marisa Soveral

Liliana Jardim disse...

Já foi colocado tudo bem Marisa

Penso que tenha a haver com a maneira de que como faz copiar/colar.

Beijinhos