quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Espírito de Natal

Entre luzes coloridas
Bolas de magia
Presépios com o menino Jesus
Há um buraco no tempo perdido
Onde caem lágrimas de sombra
Numa miserável cegueira
Que todos sabem que existe e ninguém a crê.
Cantos proibidos
Rostos cansados, gélidos de emoções
Esperando um Natal qualquer
Aquele que não existe
Esquecido pelas vestes da fantasia
Vendendo-se apenas nas palavras,
Palavras cruas e despidas
Porque Natal é todos os dias!!!
Verdade na mentira
Vejo os que andam e não amam,
Pobres despidos das guerras,
Famílias famintas sem pão,
Os que dormem nas ruas desertas,
Os que choram a saudade da terra,
As crianças que crescem e não brincam,
E tantas outros… outros sentimentos saltam
Gélidos como o Inverno que assombra.
Ano após ano,
Grito - Malfadada vida…
A história é igual,
Repete-se a ladainha
Brinde-se e consuma-se o que não se tem
Pois afinal…
Existe a esperança na vida
Que ainda existe… o espírito de Natal.

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