1 grupo
Os dias (es)correm
d
e
v
a
g
a
r
ao ritmo do tempo.
Breve voar.
Singular,
primordial,
musical
o
momento.
Suave o toque
pianíssimo
no ventre em crescimento
fugaz a vida
que se esvai
em paletas de luz viva.
Apetece-me!
Hoje sento-me no banco do jardim.
Aqui espero a tua chegada.
Hás-de vir um dia, eu sei.
Rodeiam-me os passos do sossego.
Ao virar a face creio em ti no horizonte.
Não estou aqui a todo o momento;
Vou e venho amiúde, e me tolero
Neste jogo de anseio.
Lá bem no centro de ti
há uma nascente
onde bebo da água cristalina
que sacia a minha sede.
Faço correr rios de esperança
que descem as montanhas
das tuas crenças
e dos teus desejos
De verde vestida
Virados aos céus
Teus braços abriste
Clamando p’los meus
Em mim tu sorriste
E vi como és
Um corpo da terra
Teus seios dois figos
Dá-me o teu odor
A tua textura
E sonhos de amor
Eu
Pecadora
Me confesso
Sim
É verdade
Quebrei todos os votos
Que te fiz por amor
Num impulso de fraqueza
Que me inquietou a alma...
Coso os meus lábios,
Com fino fio de mel dos teus cabelos
Guardando assim no silêncio…
O segredo,
Do sabor dos nossos beijos.
Deixo-me levar nas pétalas da rosa,
Que deslizam na tua face
Invadindo o nosso ninho…
1 comentário:
Estes versos veem de uma beleza pura, das lembranças do amor, das
ansiedades contínuas, das sementes que germinam , do pólem suave e intato, do sorriso de uma face.
Do sorriso de uma face que há algum tempo gravou nos olhos o teu clamor, nos lábios a magestade das mensagens desvairadas, de amor.
Do sorriso de uma face, versos plenos de beleza insistem na persistência de um amor dar por amor.
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