sábado, 3 de outubro de 2009

O cheiro do mar

O cheiro do mar... alguma voz de longe a lembrar o homem vento. Quando fazemos sexo nas dunas ele está á espreita como um espião pleno de poesia e escandalo. A nudez é o alarme do amor, o teu corpo no meu e os nossos orgasmos são imaginamos nós, os gritos da multidão, também o movimento dos astros a girar nos olhos.
O cheiro do mar, esse mar deitado nos nossos corpos expressando amor incompleto. Nós somos amantes desde o principio dos tempos e o tempo do amor é mais longo que todos os anos de vida que a nossa existência consegue contar numa dessas tardes perto do fogo. Olho a cegonha e quero perguntar-lhe coisas sobre paris, a relação entre a noite e a depravação. Onde aprendo eu a liberdade do amor se não nas ruas sujas e no vinho que levei nas longas viagens. O cheiro do mar, alguma voz de longe e talvez seja a natureza a revelar o seu pensamento, imaginamos que vai contar os nossos segredos, o amor das nossas vidas, a nossa vida tão curta o nosso amor tão eterno

lobo 09

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