Numa corrente de água
saída das rochas duras
lavei as emoções
ao som da nascente
sentei o pensamento
furtivas noites fundas.
No peito galopar de cavalo
varando espaços sem fim.
Rosas se abrem em versos
danças em desfiladeiros
rostos purificados nas lágrimas
ao encontro do oceano
no puro imenso azul
trespassa o olhar num relâmpago.
Nas veias arde o lume
na cor do sol escorre do céu
num mundo colorido
pintado de branco.
Sem rosa dos ventos
nem norte, nem sul
profunda veemência quieta.
Ana Coelho
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