Não temo o medo,
Nem a foice que varre a ceara…
Colhendo o fôlego do meu respirar,
Transportando-me para parte incerta.
Não temo o passar dos anos,
Nem a conversa vazia de duas cadeiras…
Nem o tempo que encerra pequenas lembranças
Traçando no meu rosto…
Vales de linhas dos anos.
Não temo o escurecer das cores,
Nem as multidões petrificadas…
Paralisadas nos eclipses sociais
Ameaçando os seus belos rostos,
Nas noites de insónias.
Não temo a ausência das palavras,
Nem a seca das flores…
Escondendo a paisagem,
Apagando o lado intelectual do ser
Como o nevoeiro que engole o olhar
Jazendo lentamente na memória do povo.
Não temo perder-me no esquecimento,
Em lágrimas secas… nunca derramadas
A coroa de versos que repousa despida
Pois, a biografia do homem
Nunca estará completa.
Não temo deixar de voar…
Perder o romantismo…
Deixar de sonhar,
Mesmo que feche a janela do meu livro
E volte a página para chegar ao fim,
Não temerei em enfrentar o destino.
Corajoso? Talvez não seja …
Porque no fundo do meu peito,
Afinal existe um medo,
Temo os sentimentos
Nesta fobia de perder-te!!!!
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