quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O sopro

Fica na reentrância do penhasco
o sopro que de mansinho afaga a dor
e nas ervas que se soltam da terra
desenha-se a luz tremula do amor

É a chama que subjuga o sopro
onde sussurram os silêncios queridos
e nas ténues acrobacias sumidas
permanece cintilante na cor da vida

Derramam-se gotas vítreas
nos reflexos iluminantes da noite
são pérolas silenciosamente coloridas
que se perdem nas mãos da própria dor

E o sopro solta-se de mansinho
galopando no agitação do amor
afaga lentamente o teu rosto ferido
numa doce carícia trajada de cor

Escrito a 1/09/11

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