sábado, 27 de agosto de 2011

DESEJO

Procuro a palavra que me leve a escrever, encontro-a neste momento. Desejo a história onde conto encontrá-la, como se houvesse um poema escondido e fosse meu este destino a demandar a Rosa mítica e perfumada da p_rosa!
Abre (se) o momento ao fluir do tempo e a continuidade surge, procurando na ruptura o p que… (de)pois já não tem, rutura. Registo de mudança, uma ilação profunda. Vem do mundo o perfume das essências que, no essencial, são únicas.
Procuro uma palavra sem prefixo, sufixo, nem… uma semântica aproximação ao ser. O meu desejo, nas imediações do que se venha a tornar extremo, é este centro: nu, intimo e último, instante em que a procura da palavra se religa a este momento.
Nada de mais sentido do que aquilo que se sente e pode ser assente pelas asas no ar, em voo. Um destino gerado no interior do ovo, até bater as_as… Estaria dito o desejo onde o silêncio poderia encontrar a palavra certa e o significado mais radical e completo: aqui o ‒ Fim ‒ (in)certo.

2 comentários:

Francisco Coimbra disse...

Para saber de algum comentário que possa vir a haver e eu possa ver, ler, tornando possível responder, inscrevo-me! A_braços!!

Elizabeth Venâncio disse...

Três foram os lugares encantadores que visitei, nenhum igual, tudo novo, como se a vida não pudesse ser diferente. No tempo que passa somos únicos e modificados a cada bater do relógio. Pois nada é, tudo esta sendo, sendo vida, metamorfoseando em despedida. As palavras perduram, eternas e assombrosas pois nos fazem ver como pequeninas letras em um papel é mais duravel que toda uma existência humana.
Parabéns pelos textos.
Um abraço.
Beth