Cai a geada em
fissuras da alma
morrem as estações
multiplicamos por mil os refúgios
não sabemos se nos voltamos a ver.
Tropeçamos em amores partindo
soluçamos ombros escorrendo raiva.
Ah, quem estendesse murmúrios de aves
gritos brancos de corpos livres
rios serenos em ascensão!
E agora?
Fere tanto aquele olhar
ausente de colo!
Volta o ranger das palavras
em cima de uma sepultura de mãos
cheias de ausência.
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