O sol enterra-se na areia
Temo que a luz se apague
Dentro do meu corpo
E o mar se afogue perto
Da boca dos peixes
As ruas pintam-se de cinza
Numa paleta manchada de óleo
Derramado por um petroleiro
Feito de ondas de néon
Restam as traças que copulam
Sobre as flores plásticas
Que enfeitam as montras
Despidas dos meus olhos
Ainda ouço as lágrimas de Shubert
Cravadas no negro d’ Ave Maria
Carlos Val
1 comentário:
As traças não comem as flores de plástico, triste. Um abraço, Yayá.
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