Aprisionados nos vidros os pássaros domésticos dos magos. A noite anda nos espelhos debicando os estilhaços como faz o pássaro quando bebe a água da madrugada. A noite solta um suspiro como se fosse um cão prostrado no nosso travesseiro. A noite anda nos espelhos fingindo nos olhos estranhos a sombra cega dos frutos. A noite anda assim oculta escondida tal uma raposa nos arbustos.
Lobo 012
Lobo 012
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