Na veia óssea da noite a cal endurece
Os meus olhos tingidos de negro
O pavio da vela mastiga as fotografias
Onde nos olhamos como heras na sombra
Das pálpebras desidratadas da paisagem
A noite agasalha-se nas memórias
Da lareira apagada onde aqueço
A presença dos nossos corpos agitados
Invade-me o desejo, nos teus lábios
Brilha um fio de azeite por trás
Das zígnias que guardo nos bolsos
Carlos Val
Sem comentários:
Enviar um comentário