sábado, 25 de fevereiro de 2012

Porque te escrevo assim

Porque te escrevo assim
Na espera dos meus anseios
Ao início de cada noite
Ao alvorecer do novo dia
Entre o voo de tantas aves

Porque te escrevo assim
À luz da tua sombra
À mesa da sobrevivência
Com aromas vitalícios
Entre o vento que ora passa

Porque te escrevo assim
Neste meu estar sem jeito
Na história que se não conta
Pelo sorriso de uma criança
Entre versos nunca escritos

Porque te escrevo assim
Na demora do tempo breve
Na origem desconhecida
Pelos gestos de magia
Entre as lágrimas vertidas

Porque te escrevo assim
Das memórias que eram nossas
Ao sentido que nos impele
Nas conquistas do nosso mundo
Entre abraços de ternura

Porque te escrevo assim
Sem saber o que dizer
Amando-te sem nada querer
No sentir mais profundo
Entre o passado e o futuro


António MR Martins

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