sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Atalhos

No banco de trás de um autocarro
por remotos caminhos sem rumo
devorando o verde da paisagem
através das janelas embaciadas

quantos quilómetros de asfalto
te separam da derradeira paragem
onde ninguém te aguarda
e a fantasia dos mapas não alcança?

quantas curvas errantes
se atravessarão no teu caminho
entre promontórios e falésias
de um destino mal alcatroado?

quantos atalhos te restam ainda
até prescrever o gozo da viagem?

2 comentários:

Bi eL disse...

Boa noite, Runa.

Um poema que senti como meu, nestas "curvas errantes" "de um destino mal alcatroado"

Muito grata pela partilha. Bom fim de semana

B. Luz

Maria Gomes disse...

Olá amigo, é bom ler poemas como este, beijinhos