sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Por entre Lisboa e o Tejo

Na estática morada
Permanecem os passos dados
Desenquadrados das imagens
E das pedras da calçada
Pelas pegadas descobertas

No poiso das pombas soltas
Onde as fontes então secaram
E o rio caminha em paralelo
Ladeando as suas margens
De onde brotam tantas memórias

Sem rodeios
Tanto te esperam e anseiam
Na fé de tantos caminhos
Que os desígnios enumeram
Como sentença de vidas

Esta Sé que aqui se demora
E o carro eléctrico que a namora
Num circuito de tantas passagens
Entabulam suas histórias
Num compasso sorrateiro

É o guinchar de tanta descida
Ao cruzamento da Madalena
Rumo à Rua da Conceição
Nos carris desta cidade
Em plena sedução

Prazeres é o seu destino
Como o serão tantos outros
Pela Sé o seu caminho
Deste sentir silencioso
Entre Lisboa e o Tejo


António MR Martins

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