quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
PÉGADAS NA AREIA
Já nada é de verdade
Já tudo tive na vida
Mas levo comigo a saudade
Da Juventude perdida.
Já o vento desfolha os ramos
Palavras em mim arredias
Como sementes vazias
Caminhos que calcorreamos
sem saber p'ra onde vamos.
É tarde, já horas mortas
E nem sossego no leito!
O vento estremece as portas
do meu coração insatisfeito.
É Outono na minha vida
Foram-se as amoras silvestres
Trago a vida cumprida
Saudade nestes tempos agrestes..
Tempo que passou demais...
Mesmo morta me apego à vida!
Queixumes solto, em cantos banais
Sou flor à tarde pendida.
Morrendo... e não volta mais!
Noutro tempo me criei
Quando a vida se escoava lentamente
Que o tempo por mim passava, não pensei,
Trazia no coração fogo ardente.
Hoje está tudo mudado
Tudo se apaga como pégadas na areia
Restam as lembranças
Que a memória sempre ateia.
natalia nuno
rosafogo
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8 comentários:
Uma memória sempre ateia, lindo
Um grande bj
Muito obrigada pelo apreço e simpatia.
Bj Gisa
da
natalia nuno
Lindo........
Bjs
Natália querida
Seu poema está divinal
Confesso que já tinha saudades de ler esta harmonia e sabedoria (também ela de saudade) que põe (lindamente) em seus versos
Bom fim de semana
Beijinhos *
Oi Jessica. fico sempre feliz com tuas palavras, obriugada carinhosa amiga.
Beijinho grande
natalia nuno
Querida Leonor grata, pela gentileza de vires ler e deixares teu comentário.
Bem hajas
beijinho
natalia nuno
25 de Fevereiro de 2012 00:23
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