Que memória restará do clarão branco
do relâmpago que acende a imensidão nocturna
quando a voz cega do trovão
rugir sobre o dorso sombrio das colinas?
E das águas que caem em bátegas possessas
saciando a sede profunda das valetas,
que recordações sobrarão pela manhã
quando o sol se incendiar num aforismo de luz?
Gastei todas as vidas a atravessar pontes
só para ver se me esperavas do outro lado do rio.
Com que mãos vou agora agarrar a eternidade
sabendo que nada restará da transparência do teu rosto
depois de passar o cortejo fúnebre da tempestade?
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4 comentários:
Olá amigo, entãoi como estás?
Sabes, penso que estiveste no lançamento do meu livro, e não me deste oportunidade de te dar um abraço. Não sei algo me diz que eras tu, é uma sensação estranha,
serias?
Hoje venho dizer-te que este teu poema está uma maravilha.
Beijo
Olá amiga,
Infelizmente não estive no lançamento do teu livro, como sabes esse era o dia do meu aniversário.
O abraço fica guardado para outra ocasião, prometo.
Beijos
Runa
Vê bem Runa, não é que eu estava convencida, porque da mesa avistava um amigo que não cheguei a saber quem é, ninguém o conhecia, então pus-me a pensar quem poderia ser e achei que talvez fosses tu. Gostava que tivesses estado comigo, mas paciência, hão-de surgir outras oportunidades.
Beijo
E parabéns atrasados, mas te desejo toda a felicidade possível.
Um beijo de parabéns
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