Desdobro os meus olhares
sem urgência
os gestos são tardios
talvez equivocados
flutuam numa rede
que balança
de uma tela de sentidos
atracados num cais de reticências
limpo o rio e o frio rasgados pelo vento
mordo o tempo fugidio
escrevo em páginas brancas
que suspendem na memória calendários consumados
nas entrelinhas dos dias
e em frente à nudez do verso
dói-me a mudez do espelho
tatuado em brumas visionárias
entrelaçadas em sombras
vestidas de pássaros e de silêncios.
Marialuz
2 comentários:
Ler-te é esquecer o que se passa à nossa volta, esquece-se até o desencanto, deixamo-nos sonhar.
Lindo este teu poema.
Para ti um Ano Novo, com tudo o que desejas, e boa inspiração,que continues a mimar-nos compoesia excelente.
beijinho
natalia nuno
Que maravilha, tanto talento e arte, é um prazer ler-te.
Marialuz, BOM ANO para ti.
Beijinho amiga
da
natalia nuno
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