sábado, 4 de dezembro de 2010

Para lá da linha ténue

Tenho fome e sede e como tenho estas necessidades
tento desvendar os segredos,
os sons da noite
os silêncios esquecidos do dia…

As horas cantam
o sono amortece
o canto das cigarras
para lá da linha ténue
em que a fome e a sede se saciam…

O sono é parente morno
da insónia que veste a noite
de fragmentos da aurora…

Os raios de sol
aconchegam os segundos
que latejam no relógio nas dobras do tempo,
a fome e a sede são mutações
descodificadas na efemeridade do vazio…

1 comentário:

Princesa115 disse...

Lindas palabras Eduarda, me gusta tu versar y esos pensamientos que nos dejas.
Aunque a decir verdad, tengo dificultades para entender el portugués y aunque esté el traductor nunca es lo mismo.
Pero de cualquier forma entiendo bastante y repito que me gustó.

Eres una gran poeta.

Besos