sábado, 25 de dezembro de 2010

Há um abraço para ti que te quero ofertar

Há um tempo do tempo
Que tenho para te dar

Há uma filhós que aloira
No seu suave fritar

Há uma réstia de esperança
Para uma vida de encantar

Há uma luz que nos prende
Para nesta época festejar

Há um amigo do peito
Que está connosco noutro lugar

Há a razão de um destino
Que procurámos alcançar

Há um sentido da vida
Que não queremos amordaçar

Há a fome que invade
E se tende a atiçar

Há um presente que espera
Pelo ávido desembrulhar

Há o sorriso da criança
Impossível de igualar

Há uma família compacta
Separada pelo processar

Há um abraço enorme
Que não conseguimos quantificar

Há uma estrela cadente
Que não pára de brilhar

Há um menino que nasce
Que veio ao mundo para nos salvar

Há tanta gente na Terra
Que não se consegue libertar

Há uma mente que pensa
A forma de elogiar

Há uma mão que cumprimenta
Não se querendo emocionar

Há um coração que saltita
Com a ânsia de poder amar

Há um amigo que espera
O momento de o abraçar

António MR Martins

2010.12.23 (Natal/2010)

Para todos os meus amigos

1 comentário:

Anónimo disse...

António,
Um poema que está impregnado de amor universal.
UM Feliz 2011 para todos aí de casa.
Beijinhos
Nanda