Quando o suspiro me fala
no silencio da tua voz
a razão cobre-se de mudez
e o meu olhar reconstrói
as formas
da minha insensatez
No murmúrio dos ventos
e no carpir das chuvas,
o suspiro esvai-se
nas aguas mansas do rio
na suavidade das brumas
E estes lábios ressequidos,
aqueles que nunca beijaste
crispam-se dolorosos
amarfanhando o grito
da minha pequenez
Quando o suspiro me fala
veste a minha alma
de total nudez
1 comentário:
Um poema melancólico, talvez dum amor dorido, feito com a alma a doer.
Muito belo.
Beijinho
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