Sabia que mais cedo ou mais tarde
Na solidão dos dias futuros
Haveria de soltar suspiros de saudade
Acendendo na memória, pedaços já escuros.
Nas horas de lassidão
Deixo-me esquecida do presente
Relembro imagens distantes
Esqueço do tempo os estragos
Fico ausente!Na poeira do pensamento,
na leveza dos instantes
Deixo meus fantasmas amargos.
Do meio do nada
Surge a recordação em mim derramada.
Cada lembrança me traz o sorriso à boca
Cada palavra escrita é linguagem de criança
Lançada ao acaso, coisa pouca!
Apenas lembrança!
E as palavras ganham asas, são esperança
E me sinto eternamente viva.
A recordar...
As minhas raízes a que já não me posso agarrar
Mas às quais me sinto cativa.
natalia nuno
rosafogo
4 comentários:
Rosa,
tudo neste poema é sóbrio
e tem tanto sentido, adorei
bj
Olá, Natália.
E como eu me leio nas tuas palavras!
"As minhas raízes a que já não me posso agarrar
Mas às quais me sinto cativa."
Belíssimo!
Um beijo
Marialuz
A saudade, o relembrar é para mim alimento espiritual, saem palavras simples mas há uma necessidade absoluta de as deixar escritas.
Grata pelo carinho das tuas.
Bj.
rosa
A perda dos nossos está sempre presente, me leva aolhar para trás com saudade.
Obrigada Mª da Luz, é para mim motivo de orgulho, receber palavras tuas.
Beijo
natalia
Enviar um comentário