quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Nada tido, sem sentido

Nada tido
Sem sentido.
Palavra oculta
Sente culpa
Nada diz
É feliz.
O mundo sente
Palavra não mente
Tudo expressa
Nesta grande peça;
Palavra parida
É próprio da vida
Palavra sem nexo
Universo complexo;
Caminho armadilha
Poeta que brilha
Ao sabor de versos
De sonhos dispersos.
Escreve, é feliz
Texto que condiz.
Sofre, escreve
Esta felicidade é breve?!
É eterna enquanto dura
É sentimento de escravatura?!
É  ~l~i~b~e~r~d~a~d~e~
É vontade
É terapia
De anomalia
Euforia
É carta de alforria.


 
Nada tido
Sem sentido.
Anomalia
Não é agonia.
Normal
É disfuncional.
Palavra desgarrada
Em versos apanhada
Metáfora inventada
Rima alucinada
Que diz, nada!



Eufemismo
Disfemismo
Ironia
Alegoria
Palavra tida
Contrapartida
Emoção
Em ebulição
Alma a latejar
As palavras a jorrar
Oceano tumultuoso
Tsunami de gozo
Arraial de excitação
Viagem ao coração.
Mente alucinada
Extravasada
Esvaziada
Apressada
Sangue a ferver
Versos a escrever!



Nada tido
Sem sentido!


7 de Junho de 2010
Clarisse Silva


2 comentários:

Bi eL disse...

Olá, Clarisse.

Belíssima inspiração, com todo o sentido. E sentimento, também.

Adorei.

Bj

Marialuz

Clarisse Silva disse...

Olá Maria,

Agradeço imenso o seu comentário.
Beijos,
Clarisse