Desenho uma flor
nos traços subtis de um poema
em sépalas de luz
coroando o pólen
na ponta fina dos dedos
em lapsos dos segundos
entre orvalhos e poeiras
com os salpicos de nuvens
que me aconchegam
a voz no perfil do infinito
que absorvo
nos pináculos do silêncio
onde me dispo
e revisto de águas límpidas
a fonte que guia
as correntes sem estagnar
a luz inebriante
como o vento que canta
nos cumes da montanha
que todos os poros fecundos
encontram para lá dos muros
erguidos pelas mãos alheias
em ruídos
que o silêncio não obtempera…
Ana Coelho
1 comentário:
Muito bom continuar a ver-te por aqui
Beijos
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