Foi como se o teu sorriso trouxesse nos lábios
os sonhos da lua
instantes quentes de uma verdade
que tens para me contar
não sei o que fazer com esta vontade
que me é estranha
mapeada de pontos de interrogação
invento uma tela em branco
em que teço os passos leves
de uma aragem de loucura
num tempo
que não é meu nem teu
quisera eu de horas ser escultora
sorver o momento
libertá-lo da sua temporal sujeição
penduro no meu chão
a porta entreaberta
fecho à chave o teu nome
e despeço-me
só desta vez... mais uma vez.
Marialuz
2 comentários:
Marialuz,
Mais uma vez...soberbo momento.
bj
Maria , quantas despedidas habitam nas solidões ? Quem se vai ? Quem vai ou quem fica ? Ambos ? O poema será sempre um porto , chegada daquele/a que vem ... mesmo que essa vinda leve os nossos olhos ...
Belíssimo.
bjs
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