Já tive pétalas de peixe
e guelra de fina flor
Tive bigodes de pássaro
asas de nobre felino
Cauda de borboleta
escamas de cão de água
e olhar de girassol
Já libertei bolhas d´água
fui essência do amor
Em Janeiro subi ao telhado
voei em sonhos rasantes
Travesti-me de mil cores
Ladrei em sons rastejantes
fui semente em campo d´oiro
Já fui homem, já fui bicho
fui mulher, como se quer
Minha alma é qualquer coisa
não se nega a quase nada
É tudo o que Deus quizer
seja qual for a roupagem
Estou para o que der e vier
2 comentários:
Nanda,
as tuas roupagens são de alma inquieta, onde nos perdemos em tanto sentir.
bj
Nanda , palavras para quê ? É(s) uma poeta portuguesa , de verdade !
Bjs
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