Esfuma-se a fé na ribalta dos sonhos
Na película seda das nuas folhagens
Há um verde em meus olhos tristonhos
Cristal humedecido, sombra de ramagens
Pluviam-se rios de lágrimas contrafeitas
Arrastam-se dores no leito dos tempos
Almas aturdidas. esperanças desfeitas
Música que oiço sempre a contratempo
Há um limbo emergente, feito de nada
Sírios sem padroeira, ateus de memória
Um devir ausente pela madrugada
Roaçndo a apatia, entregue à sorte
Resta agora a vida que se vê lá fora
É noiva de luto, boda sem consorte
1 comentário:
Nanda,
sempre aquele prazer de te ler.
bj
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