Há uma imunidade nos sonhos
Uma liberdade amorfa e casta
Uma esperança no inatingível
Toda uma veleidade intrínseca
Um indelével mundo surrealista
Na trôpega profusão das imagens
O mar pode ser um rio
O rio pode ser um lago
O lago o sal de uma lágrima
E eu navego ao luar na fantasia
Na barca que me embala e alumia
Na vaga âncora da minha alma
Ao longe o céu serve de manta
À paz que engasgo na garganta
À emoção que me acomete
Sempre que o sono me remete
Para o portal da imortalidade
1 comentário:
Nanda, belíssimo poema "ilustrativo" desse fascinante, e por vezes assustador, mundo onírico.
Descreves com mestria aquilo que nos sonhos é uma constante - a frenética metamorfose das imagens!
Gostei muito.
Bom fim-de-semana.
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