Entre as gotas do tempo
submerso em verdades inexoráveis,
esfumam-se tardias sombras,
inadiáveis,
esventrando-me presságios de esperanças e colheitas.
As minhas mãos,
cheias de tudo e de nada,
interrogam o silêncio transparente
dos xilofones dos ventos,
suspensos da pequena rede
que baloiça mansamente,
agarrada ao céu das emoções.
Cegaram-me os fios de luz
de oceanos nascidos dentro dos olhos,
na lonjura fugidia
que o voo raso dos dias
esqueceu vazios
no cais.
Marialuz
Sem comentários:
Enviar um comentário