Subo a montanha de pedras em busca de
água
Água da vida, para parir a vida no
meu corpo, seco
A água que escorrega, que limpa as
lágrimas negras
No meu solo sedento, na via-sacra da
minha sede
Quero voltar a mergulhar o meu rosto
nos teus cabelos
Perder-me nos teus olhos de água,
ciano e magenta
Tu que és mais quente que o sol, que
borbulhas de suor
E que me habitaste fundo, deixando-me
em chaga
Desvendaste os teus segredos, senti
os teus furores
Acariciaste os meus suspiros, de
solitário cio reprimido
E foste uma divina fonte de amor,
solidária e jorrante
Agora moras no meu castelo de sonhos,
que criei no anseio
Nos degraus do desejo pulsante nas
veias, que sinto latejar
E deixas-me entumecida
e delirante, no desejo cego de ti
3 comentários:
Em busca de água, em busca da seiva, em busca do amor... É o trilhar de quem ama, a despeito dos revezes sofridos... Amor e dor andam juntos, são sei se digo feliz ou infelizmente... Bjs, poetisa.
(correção): ... não sei si digo feliz ou infelizmente...
Grata amiga por me ter lido!
Beijos
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