Foto: ms
Contemplo o Rio Douro, séculos de
água a deslizar
A caminho do mar, sonho e pesadelo de
multidões
Que criaram laços com a água opaca, às
vezes verde
Outras vezes castanha, das terras que
trás consigo
Fico a olhar as cores vivas do
casario velho em cascata
Uma travessia diáfana pela estrada
líquida, inquieta
Com vontade de navegar e ir nessa
corrente determinada
Tocar o mar, e olhar para a
profundeza deslumbrante
Desprendo-me do cais e vou com a
brisa fria, como gaivota
Na luz do sol descendente do fim da
tarde, na magia do lilás
Ouvindo as vozes sonoras de outrora,
no pulsar das águas!
O barulho das naus, o
espalhafato das suas velas endemoninhadas
O avanço solitário de
cada um, olhando em frente a vida
O caminho incerto, das
tempestades e das fulgências do amanhã
|
1 comentário:
Bela imagem para um texto ainda mais bonito.
http://pesysapatos.blogspot.com/
Enviar um comentário