sexta-feira, 8 de março de 2013

MEMÓRIA SENTIDA!


Subo a montanha de pedras em busca de água
Água da vida, para parir a vida no meu corpo, seco
A água que escorrega, que limpa as lágrimas negras
No meu solo sedento, na via-sacra da minha sede

Quero voltar a mergulhar o meu rosto nos teus cabelos
Perder-me nos teus olhos de água, ciano e magenta
Tu que és mais quente que o sol, que borbulhas de suor
E que me habitaste fundo, deixando-me em chaga

Desvendaste os teus segredos, senti os teus furores
Acariciaste os meus suspiros, de solitário cio reprimido
E foste uma divina fonte de amor, solidária e jorrante

Agora moras no meu castelo de sonhos, que criei no anseio
Nos degraus do desejo pulsante nas veias, que sinto latejar
E deixas-me entumecida e delirante, no desejo cego de ti

3 comentários:

Ineifran Varão disse...

Em busca de água, em busca da seiva, em busca do amor... É o trilhar de quem ama, a despeito dos revezes sofridos... Amor e dor andam juntos, são sei se digo feliz ou infelizmente... Bjs, poetisa.

Ineifran Varão disse...

(correção): ... não sei si digo feliz ou infelizmente...

casos e acasos da vida disse...

Grata amiga por me ter lido!
Beijos