Todas as palavras podem ser banais
Mas se um dia em meu peito habitou um cardume
Versos de amor nunca serão demais
Mesmo quando resta só um rumor do teu perfume
Esta saudade de ti, esta distância
Dos teus lábios perdi o gosto
Do teu corpo esqueci o mosto
Quisera eu combater esta ânsia…
Perdi até o luar d’Agosto
Tinha tanto p’ra te dar
Já não há folhas de rosto
No fogo aceso dum olhar
Não (es)corre mais o rio Tejo
Com as mãos ainda te desejo
Todas as palavras podem ser banais
Versos de amor nunca serão demais
Deixa-me comtemplar-te
O instante só dum sorriso
Para de seguida amar-te
Neste nosso laço impreciso
Meus olhos há muito que esqueceram a cor
Alguma vez tinhas desfeito em pó uma flor?!
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