poisam as fagulhas doentes
nos intervalos da terra queimada
e na outra,
virgem deste lesar,
ao suspiro de um vento
que não acode ao salvamento.
o fumo avassala a serra
numa espessa nuvem,
que só transmite calor
e uma dificuldade no respirar.
este vil sofrer
do apaziguar sem contemplação,
nos submete
ao desapreço do desassossego.
na naturalidade das coisas…
há o gesto criminoso
que tanto maltrata o que nos rodeia.
o desatino não tem medida,
a incompreensão não se revela.
tanta coisa se perde…
sem a transformação devida
e salutar da Humanidade.
e o crime tanto compensa
a baixeza das mentalidades,
sem preconceitos.
cada vez mais…
nos sentimos tão pequeninos.
António MR Martins
2 comentários:
Magnífico poema. Gostei muito.
Não te conhecia, mas vi-te no blogue da nossa amiga comum, a Vanda.
Abraço.
Olá.
Há nas palavras
que fazem pensar,
o sentido
precioso da esperança...
Que haja sempre perfume
de sonhos em tua vida.
Enviar um comentário